terça-feira, 26 de outubro de 2010

Anastasia se reúne com empresários em SP e pede votos a Serra




O candidato reeleito ao governo do Estado de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), esteve em São Paulo segunda-feira (25) e participou de um almoço-debate com presidentes de diversas empresas para discutir "ética e eficiência na gestão pública".

Anastasia não esteve imune, porém, a perguntas relacionadas às eleições presidenciais, envolvendo seu aliado tucano José Serra e a adversária petista, Dilma Rousseff. Indagado pelo presidente da Nestlé, Ivan Zurita, sobre quais eram os pontos fortes de capacidade de gestão dos candidatos à presidência, Anastasia respondeu: "Serra sempre teve preocupação fundamental com resultados. No governo federal atual, a gestão é considerada uma aberração".

O governador de Minas Gerais não deixou de alfinetar a campanha de Hélio Costa (PMDB), seu principal adversário no primeiro turno das eleições, e aproveitou para pedir votos a Serra: "em Minas Gerais, houve por parte de nossos adversários (Hélio Costa) uma campanha muito veemente, no sentido que só poderiam votar nele porque a candidata do lado dele (Dilma Rousseff) já estaria eleita presidente e seria ilógico ter um governador de um partido adversário, o que é um absurdo, mas, já que eles querem assim, se o governador de Minas Gerais é do PSDB, então, que votem agora no candidato à presidência do PSDB".

Indagado sobre qual seria a relação dele com Dilma Rousseff, caso ela fosse eleita presidente, Anastasia declarou: "para nós, será muito melhor a vitória de José Serra, por razões de identidade, de processo, de valores e pelos compromissos que ele já fez com Minas Gerais, mas, se por ventura, não ocorrer isso, e vencer a candidata oficial, do governo federal, acredito que teremos uma relação respeitosa, federativa".

Gestão pública
Antonio Anastasia expôs, no almoço-debate, a importância da atrelação da ética e eficiência na gestão pública dos Estados. "Ética e eficiência são irmãs siamesas", definiu.

O governador defendeu mudanças na cultura, no comportamento e na mentalidade das pessoas, como principains fatores na conquista da ética e eficiência na gestão pública. "É possível, através da inteligência dos brasileiros, uma mudança em todos os órgãos inerentes ao poder público".

Mesmo discorrendo sobre propostas para ética e eficiência no país, Anastasia voltou a "fazer campanha" para o tucano José Serra: "acredito que para termos um Brasil mais eficiente e ético, Serra está muito mais preparado".

Candidatos concentram campanha em Minas

Dilma e Serra programam atos políticos no estado de maior colégio eleitoral do País esta semana. PSDB tenta convencer eleitores por telefone e PT vai apelar para diálogo.


Brasília - Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do País, com mais de 14,5 milhões de eleitores, e será palco de disputa acirrada entre as campanhas do PT e do PSDB à Presidência, nestes dias que antecedem a eleição do domingo. Na quinta-feira, o tucano José Serra estará em Montes Claros, Norte do estado, região mineira onde teve seu pior desempenho no primeiro turno, com 21% dos votos. Dilma também está programando uma visita à cidade, mas para consolidar sua vantagem lá, onde obteve 65% dos votos.

Também quinta, Serra visita Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fizeram comício semana passada. O sábado promete ser quente: ambos os candidatos planejam encerrar suas campanhas em Belo Horizonte.

A intenção do PSDB é colar mais a imagem de Serra à do ex-governador e senador eleito Aécio Neves. Eleitores estão recebendo telefonemas com uma gravação na voz de Aécio, pedindo votos para o presidenciável. O ex-presidente e senador eleito Itamar Franco (PPS) e o governador eleito Antonio Anastasia também vão gravar. Os três já aparecem em depoimentos nos programas eleitorais de Serra.

“Já mobilizamos nossa base no interior do estado”, afirmou Anastasia.

O governador eleito acredita que o resultado tucano no segundo turno em Minas será de vitória, diferentemente do que aconteceu em 3 de outubro, quando Dilma venceu com cerca de 5 milhões de votos. José Serra teve aproximadamente 3,3 milhões.

A estratégia do PT é “mobilizar frentes para dialogar com os religiosos, a juventude, prefeitos, sindicatos e mulheres”, afirmou Reginaldo Lopes, presidente do PT mineiro e coordenador da campanha de Dilma no estado. Os petistas adotam o discurso de que “Dilma é Minas na Presidência” — a candidata nasceu no estado.

Crítica ao nível da campanha

O candidato do PSDB, José Serra, se comparou a Davi na luta contra Golias ao comentar o segundo turno das eleições. Ele alega que o PT colocou em prática “baixarias e jogo sujo”.

Num encontro com cientistas da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e da Academia Brasileira Científica, em São Paulo, ele voltou a pedir que os eleitores não viajem no feriadão de Finados. Tucanos temem que a abstenção prejudique suas chances. O candidato prometeu que, se eleito, vai dobrar o investimento em ciência e tecnologia, para 2% do PIB até 2020. O mandato vai até 2014.

Dilma apresenta suas diretrizes

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, apresentou ontem um documento com 13 “compromissos programáticos”. As diretrizes de governo são fruto de “consenso” entre partidos que fazem parte da sua coligação, ‘Para o Brasil seguir mudando’.

“São compromissos programáticos que refletem a força da nossa coligação”, afirmou a candidata.

Os 13 pontos são: fortalecer a democracia política e econômica; expansão do emprego e renda; projeto que assegure sustentável transformação produtiva; defender o meio ambiente; erradicar a pobreza absoluta; atenção especial aos trabalhadores; garantir educação para a igualdade social; transformar o Brasil em potência tecnológica; garantir a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS); prover habitação e vida digna aos brasileiros; valorizar a cultura nacional; combater o crime organizado; defender a soberania nacional.

“São compromissos que fundam nossa governabilidade. São gerais, podem fazer alguma referência a metas, mas têm o sentido de dar diretrizes”, explicou Dilma, admitindo que não foi fácil elaborar o documento. “Não é simples fazer 13 propostas com 11 partidos. Se não tiver muito processo de debate, não sai”.

José Serra (PSDB) desdenhou da iniciativa petista: “É só uma jogada eleitoral. Não tem significado”.

Senador Romeu Tuma realiza cirurgia em hospital de SP



O senador Romeu Tuma (PTB-SP), fez, no último sábado, uma cirurgia para colocação de dispositivo de assistência ventricular chamado berlin heart, de acordo com boletim médico divulgado na tarde desta quinta-feira pelo hospital Sirio-Libanês, em São Paulo.

Ainda segundo a instituição, “o paciente está evoluindo de maneira satisfatória”. As informações médicas foram fornecidas pela equipe que o acompanha, coordenada pelo Dr. Rogério Tuma, filho do senador.

Tuma está internado desde o início de setembro para tratamento de uma afonia (perda de voz), provavelmente causada por uma infecção viral de vias aéreas.

O senador candidatou-se à reeleição, porém ficou em quinto na disputa pelo Senado por São Paulo com 3.970.169 votos, ou 10,79%.

Ontem, o presidente do PMDB paulista, Orestes Quércia - que também estava internado no mesmo hospital - recebeu alta. Ele foi diagnosticado com um tumor de próstata.


Redator: Tatiane Conceição