Depois da derrota nas eleições do ano passado, quando abriu mão de ter candidato próprio para apoiar um nome do PMDB, o PT municipal se prepara para reconstruir o partido com vista à sucessão municipal de 2012. Cotado como um dos possíveis nomes do partido para suceder o prefeito Marcio Lacerda (PSB), o vice-prefeito Roberto Carvalho, presidente do PT da capital, afirmou ao Estado de Minas que não descarta a possibilidade, mas joga a decisão para o partido. Aos mais pessimistas, garante que o PT de BH não está morto, mas precisa conquistar a unidade para não repetir os erros do passado.
O PT está fazendo 31 anos. Qual avaliação o senhor faz da atuação em Belo Horizonte?
O maior legado é principalmente a participação popular. Antes de ocupar a administração, o PT teve uma ação dos movimentos sociais em BH, das comunidades de base, associações de moradores, participou da luta pela creche. As lutas de resistência à ditadura que confluíram um pouco para fundar o PT. E na administração você pega o Orçamento Participativo e as políticas sociais de BH que viraram referência mundial.
Depois de 16 anos no comando da capital, o PT optou pela aliança que elegeu Marcio Lacerda, do PSB. Foi um erro?
Na verdade, PT e PSB, desde quando ganhamos a prefeitura pela primeira vez, se revezam. Ganhamos com Patrus e o dr. Célio de vice, do PSB. Posteriormente dr. Célio foi candidato pelo PSB e o Pimentel de vice. E agora eu sou vice do Marcio Lacerda. Acho que a aliança foi correta, porque o fundamental era a continuidade dos projetos sociais e de participação popular. Naturalmente que cada momento político exige uma reflexão e uma análise. Ano que vem o PT vai tratar da sucessão novamente.
Então o que aconteceu na prefeitura com tantas disputas internas de poder principalmente entre PT e PSDB?
A discussão na aliança não foi em função do PSB, foi em função do acordo com o PSDB. Esse que foi o ponto de discórdia e que não houve unanimidade dentro do PT. No momento que foi feita a aliança, ela foi correta. Nós vamos fazer o balanço. Não está na hora ainda. A preocupação nossa, do PT, é do sucesso da nossa administração, porque o partido faz parte dela. Os conflitos são naturais, até dentro de um governo onde o PT tem a cabeça sempre tem conflito. Mas o importante é que o governo dê certo.
O partido vai ter candidato próprio em 2012?
Nós vamos discutir isso em 2012. A preocupação nossa agora é construir a grande unidade partidária real. Vamos fazer seminários o ano inteiro, criamos um fórum do PT BH com todas as instâncias do partido: Executiva, vereadores, deputados estaduais e federais, para construir a unidade política do PT em cima das divergências naturais. A decisão do PT no ano que vem será unânime.
Alguns integrantes do partido pregam que, se o PT não tiver candidatura própria em 2012, será o fim da legenda em BH. Um partido com a força que o PT tem em BH em hipótese alguma descarta a candidatura própria, mas não é nesse momento que vamos discutir, é em 2012. Agora nós queremos é ajudar a resolver os problemas da cidade.
O senhor é candidato a prefeito?
Sou candidato a ajudar o partido onde o partido decidir.
Mas o senhor tem esse desejo? Seu nome é cogitado. Descarta isso?
Não descarto. Estou a serviço do que o partido decidir e naturalmente tenho certeza de que o partido quer sempre o melhor para a cidade.
E como está a relação com o prefeito Marcio Lacerda? A informação que circula é que não anda muito boa…
Uma relação cordial e produtiva. É uma relação em cima da discussão dos problemas da cidade. Nós estamos juntos aqui para isso, em torno do projeto de continuidade dos programas e dos grandes temas da cidade que a gente toca junto. E, quando se discutem propostas, projetos e trabalhos, as divergências ficam menores.
Então há divergências?
São naturais. A divergência com respeito é produtiva. É o que falo sempre no PT, nós temos que ter democracia e respeito. A gente resolve as divergências dialogando.
Essas imposições do diretório nacional atrapalharam nos últimos processos eleitorais?
Eu disse para o presidente do partido, José Eduardo Dutra, que o PT de BH e o de Minas Gerais não suportam duas questões: desunião e intervenção. Acho que a grande tarefa nossa é unir o PT de BH, de Minas, para que o partido cumpra com seu papel histórico. Nas últimas eleições, o PT indiscutivelmente perdeu. Isso ocorreu com o governo do estado, com o Senado, então a ordem no PT agora é reconquistar o seu verdadeiro espaço a partir da construção da sua unidade, e é isso que estamos fazendo em Belo Horizonte. Eu, como presidente do PT, tenho feito isso exaustivamente. O PT tem tudo para se reconstruir, tem um grande papel no estado.
A Dilma ganhou em Minas, mas retribuiu na composição dos ministérios?
Quando Lula tomou posse Minas tinha três ministérios – duas secretarias com status de ministério, que eram do (Luiz) Dulci e do Nilmário (Miranda), e um ministério, que era dos Transportes. Então, quando se fala que o PT tinha cinco ministérios no governo Lula, é que no fim do segundo governo Minas tinha muito mais. Então, tenho certeza que dentro de dois anos o PT certamente estará com uma presença mais significativa no governo Dilma. E o PT ocupa hoje um dos ministérios mais importantes, o do Desenvolvimento. Ela vai instalar um escritório em Minas, já está inclusive olhando lugar.
O PT está fazendo 31 anos. Qual avaliação o senhor faz da atuação em Belo Horizonte?
O maior legado é principalmente a participação popular. Antes de ocupar a administração, o PT teve uma ação dos movimentos sociais em BH, das comunidades de base, associações de moradores, participou da luta pela creche. As lutas de resistência à ditadura que confluíram um pouco para fundar o PT. E na administração você pega o Orçamento Participativo e as políticas sociais de BH que viraram referência mundial.
Depois de 16 anos no comando da capital, o PT optou pela aliança que elegeu Marcio Lacerda, do PSB. Foi um erro?
Na verdade, PT e PSB, desde quando ganhamos a prefeitura pela primeira vez, se revezam. Ganhamos com Patrus e o dr. Célio de vice, do PSB. Posteriormente dr. Célio foi candidato pelo PSB e o Pimentel de vice. E agora eu sou vice do Marcio Lacerda. Acho que a aliança foi correta, porque o fundamental era a continuidade dos projetos sociais e de participação popular. Naturalmente que cada momento político exige uma reflexão e uma análise. Ano que vem o PT vai tratar da sucessão novamente.
Então o que aconteceu na prefeitura com tantas disputas internas de poder principalmente entre PT e PSDB?
A discussão na aliança não foi em função do PSB, foi em função do acordo com o PSDB. Esse que foi o ponto de discórdia e que não houve unanimidade dentro do PT. No momento que foi feita a aliança, ela foi correta. Nós vamos fazer o balanço. Não está na hora ainda. A preocupação nossa, do PT, é do sucesso da nossa administração, porque o partido faz parte dela. Os conflitos são naturais, até dentro de um governo onde o PT tem a cabeça sempre tem conflito. Mas o importante é que o governo dê certo.
O partido vai ter candidato próprio em 2012?
Nós vamos discutir isso em 2012. A preocupação nossa agora é construir a grande unidade partidária real. Vamos fazer seminários o ano inteiro, criamos um fórum do PT BH com todas as instâncias do partido: Executiva, vereadores, deputados estaduais e federais, para construir a unidade política do PT em cima das divergências naturais. A decisão do PT no ano que vem será unânime.
Alguns integrantes do partido pregam que, se o PT não tiver candidatura própria em 2012, será o fim da legenda em BH. Um partido com a força que o PT tem em BH em hipótese alguma descarta a candidatura própria, mas não é nesse momento que vamos discutir, é em 2012. Agora nós queremos é ajudar a resolver os problemas da cidade.
O senhor é candidato a prefeito?
Sou candidato a ajudar o partido onde o partido decidir.
Mas o senhor tem esse desejo? Seu nome é cogitado. Descarta isso?
Não descarto. Estou a serviço do que o partido decidir e naturalmente tenho certeza de que o partido quer sempre o melhor para a cidade.
E como está a relação com o prefeito Marcio Lacerda? A informação que circula é que não anda muito boa…
Uma relação cordial e produtiva. É uma relação em cima da discussão dos problemas da cidade. Nós estamos juntos aqui para isso, em torno do projeto de continuidade dos programas e dos grandes temas da cidade que a gente toca junto. E, quando se discutem propostas, projetos e trabalhos, as divergências ficam menores.
Então há divergências?
São naturais. A divergência com respeito é produtiva. É o que falo sempre no PT, nós temos que ter democracia e respeito. A gente resolve as divergências dialogando.
Essas imposições do diretório nacional atrapalharam nos últimos processos eleitorais?
Eu disse para o presidente do partido, José Eduardo Dutra, que o PT de BH e o de Minas Gerais não suportam duas questões: desunião e intervenção. Acho que a grande tarefa nossa é unir o PT de BH, de Minas, para que o partido cumpra com seu papel histórico. Nas últimas eleições, o PT indiscutivelmente perdeu. Isso ocorreu com o governo do estado, com o Senado, então a ordem no PT agora é reconquistar o seu verdadeiro espaço a partir da construção da sua unidade, e é isso que estamos fazendo em Belo Horizonte. Eu, como presidente do PT, tenho feito isso exaustivamente. O PT tem tudo para se reconstruir, tem um grande papel no estado.
A Dilma ganhou em Minas, mas retribuiu na composição dos ministérios?
Quando Lula tomou posse Minas tinha três ministérios – duas secretarias com status de ministério, que eram do (Luiz) Dulci e do Nilmário (Miranda), e um ministério, que era dos Transportes. Então, quando se fala que o PT tinha cinco ministérios no governo Lula, é que no fim do segundo governo Minas tinha muito mais. Então, tenho certeza que dentro de dois anos o PT certamente estará com uma presença mais significativa no governo Dilma. E o PT ocupa hoje um dos ministérios mais importantes, o do Desenvolvimento. Ela vai instalar um escritório em Minas, já está inclusive olhando lugar.
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