Devido à pressão organizada pelos
movimentos de mulheres, o problema do acesso aos cargos de decisão passou a ser
objeto de atenção de governos e organismos internacionais, resultando em
assinaturas de compromissos e programas oficiais de estímulo à participação
política feminina. Se muitos desses compromissos não saíram do papel, é fato
que o reconhecimento público contribuiu para dar maior visibilidade à
sub-representação feminina e tornar a questão um problema da democracia, não
uma questão privada e individual das mulheres.
A década
de 90 foi considerada favorável às mulheres em relação à participação política
no mundo. Houve um aumento importante no percentual de presença feminina nos
cargos políticos, particularmente, de representação legislativa e do executivo.
O avanço tem sido atribuído a alguns fatores, entre os quais cabe destacar o
impulso conferido pela IV Conferência Mundial da ONU sobre a Mulher, que
destacou particularmente a importância da equidade de gênero nas instâncias
decisórias; a adoção de medidas especiais, tais como as políticas de ação
afirmativa e as cotas, que criaram mecanismos de estímulo à inserção feminina
nas administrações públicas e na competição eleitoral.
Ao
contrário de outros setores como os da educação e do trabalho, esse avanço
ainda está longe de representar uma situação próxima do equilíbrio entre os
sexos. Os homens continuam sendo amplamente majoritários na política
institucional.
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