terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mutirão contra diabetes

Pelo segundo ano consecutivo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) aborda o tema Educar Para Prevenir no Dia Mundial do Diabetes, lembrado ontem. A campanha chama atenção de quem está envolvido direta ou indiretamente nos cuidados com a doença.

De acordo com a SBD, para que a prevenção, a educação e o tratamento sejam eficientes, além do comprometimento do paciente, é necessário que a família, a comunidade e os profissionais de saúde se envolvam.

Este ano, a novidade da campanha ficou por conta do período de realização mais longo (de 7 a 14 de novembro). O intuito foi tornar as discussões sobre o tema mais abrangentes.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes no Distrito Federal, José Bernardo Peniche, o fato de a população estar bem informada com relação ao surgimento da doença pode influenciar na qualidade de vida do paciente e nos custos do governo que poderá ser menor.

"É muito mais vantajoso investirmos em campanhas de prevenção e informações às pessoas destacando a importância de manter hábitos alimentares saudáveis, do que mais tarde termos necessidade de aplicar mais recursos na saúde para atender pacientes com diabetes", destaca.

Peniche ainda enfatiza a necessidade de que a população, independentemente da idade, mantenha uma alimentação equilibrada, evitando o excesso de consumo de doces, balas e refrigerantes. O médico lembrou da situação vivida nos Estados Unidos onde há um grande número de jovens com diabetes por causa da alimentação rica em gorduras e açúcares.

Para o especialista, as campanhas precisam continuar o papel de esclarecer a população, principalmente no Brasil, considerado um país predominantemente jovem e que pode chegar à velhice com um número maior de diabéticos.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que quase 80% das mortes por diabetes no mundo ocorrem em países pobres e em desenvolvimento. Em 2005, 1,1 milhão de pessoas morreram em decorrência da doença. A estimativa é que o número de mortes dobre na próxima década.

O número de diabéticos no mundo passa de 250 milhões, diz a Federação Internacional de Diabetes. A entidade, ligada à OMS, alerta: se não forem implantadas políticas de prevenção eficientes, em 2025, o número pode a chegar a 380 milhões. No Brasil, estima-se em 10 milhões o número de diabéticos, sendo 7,6 milhões os acometidos pelo tipo 2 da doença, o mais comum e o único que pode ser evitado.

Segundo o Ministério da Saúde, o número dos portadores desse tipo de diabetes equivale a 5,8% da população com mais de 18 anos.

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